07 julho 2006

Brasil desperdiça tecnologia produzida em universidades e pólos científicos

Recebi da Lista IASI, elaborada pelo Prof. Aldo Barreto, o seguinte texto:

O Brasil desperdiça descobertas tecnológicas das universidades e, mesmo nos principais parques de ciência e tecnologia do país, o aproveitamento das inovações equivale a um décimo do verificado em países semelhantes ao nosso. Essa é a conclusão de um estudo feito pela Universidade de Brasília (UnB), encomendado pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).

O estudo abrange cinco parques tecnológicos Padetec/Universidade Federal do Ceará (UFC), Biominas/Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fundação Bio-Rio/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Inova/Universidade de Campinas e Tecnopuc/PUC do Rio Grande do Sul (PUC-RS) — que, juntos, reúnem 72.118 pesquisadores e 35.003 alunos de mestrado ou doutorado. Somados, esses parques tecnológicos produziram 585 patentes desde suas fundações.

Em outros países com uma integração mais forte entre empresa e universidade o nível de patentes seria, no mínimo, dez vezes maior sugere a vice- diretora do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da UnB. Há um desperdício de produção científica no Brasil.

Algumas empresas brasileiras ainda olham as universidades como rivais e não como aliadas. Os pesquisadores concluíram que há dois problemas: os industriais são muito passivos e as universidades ainda não conseguem implementar estratégias de transferência de tecnologia.

Fonte: Esta notícia foi publicada no Jornal O Globo de Rio, 07 de julho de 2006, versão impressa; o original foi adaptado pela Lista IASI-Instituto para Inclusão na Sociedade da Informação.