Chips terão desenho e produção 100% nacionais

O Brasil terá em setembro de 2007 o primeiro circuito integrado (chip) para equipamentos eletrônicos com desenho e produção totalmente nacionais. Foi o que informou o diretor-presidente do Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec), Sérgio Dias, durante visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Eles conheceram a primeira fábrica brasileira de circuitos integrados, localizada em Porto Alegre (RS), nesta segunda-feira (25).

“O Ceitec é mais do que uma fábrica de chips. É um centro de excelência que formará pessoal capacitado e possibilitará o ressurgimento da indústria nacional de eletro-eletrônico”, disse Sergio Rezende. Segundo o ministro, a fábrica já trabalha em projetos para fabricação dos primeiros chips comerciais brasileiros, como, por exemplo, aqueles necessários para a transmissão da TV Digital. “O governo optou pelo modelo adotado no Japão, mas apenas o sistema da modulação é japonês, o restante é tecnologia brasileira.

O projeto do Ceitec, orçado em R$ 148 milhões, está dentro de uma política criada pelo governo federal para garantir o desenvolvimento do País.

Segundo Sérgio Dias, a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (Pitce) identificou o setor de microeletrônica como essencial e possibilitou a alocação de recursos por parte do Ministério da Ciência e Tecnologia. “Hoje o déficit nessa área é de mais de US$ 3 bilhões anuais”, disse Dias, explicando que o circuito integrado está dentro de todos os equipamentos eletrônicos.

Fazem parte dos projetos desenvolvidos pelo Ceitec a automação industrial e comercial, a tecnologia da informação, as telecomunicações, a tevê e rádio digitais, a indústria automotiva, os eletrodomésticos e a aeronáutica.

Participaram também da visita os ministros da Casa Civil, Dilma Roussef; da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Tarso Genro, e da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéia Freire.

Vera Canfran - Assessoria de Imprensa do MCT